Não ando com muita vontade de escrever...


Não ando com muita vontade de escrever aqui. Não por falta de ideias, nem muito menos por falta de inspiração - acreditem, às vezes eu me sinto vivendo numa matrix da minha própria série. Tipo na véspera de Natal, quando competi com uma mulher por táxis em uma rua deserta. Ou quando acidentalmente flertei com um funcionário gatinho do Consulado Americano.
Mesmo com temas frequentes implorando para serem transformados em contos, eu não me sinto mais motivado. Talvez porque a motivação em si para a existência deste blog tenha sido posta em xeque.
Há alguns meses, uma série de urgências me levou a criar este espaço. Eu estava há tempos sem escrever e havia acabado de sair de uma relação mecânica para entrar na vida e sentir necessidaade de compartilhar minhas histórias, fotos e vídeos, as vezes até na tentativa de forçar um personagem que não tem nada haver com a vida real/ vida cotidiana. Mais do que nunca, eu precisava de um lugar seguro, onde pudesse cultivar minha individualidade como escritor. Acima disso, eu precisava descobrir que tipo de escritor eu queria ser.
E, ao longo desses meses meses, eu abri minhas entranhas pra vocês, confessei minhas expeiencias mais intimas, compartilhei tudo, tudo, tudo...O que eu deveria e principalmente o que eu não deveria, mas ao que parece, na era da interatividade, não é suficiente que eu faça uso da minha vocação para dialogar com o público. Não, não. Eu também preciso mostrar que sou legal, sou bacana, sou da galera. Para provar que eu me importo com os leitores, eu preciso atender às demandas de cada um deles, preciso ser compreensivo com suas carências, preciso me mostrar agradecido. Na verdade, pelo que acompanho em alguns comentários, agradecer e interagir com os internautas é mais do que respeito, é minha obrigação. Afinal, sem eles o Mrdanado, eu não seria nada.
E aí a coisa toda começa a degringolar. Porque eu sinto muito, mas não devo absolutamente nada a ninguém. Eu ofereço o que eu tenho de melhor e de pior, e recebo de volta reforço positivo, experiências de outras pessoas, mensagens afetuosas, outras nem tanto. A troca é essa e, de uma forma ou de outra, todos saem ganhando. Exceto os caras de quem eu falo mal, esses não devem gostar muito de se verem retratados. Mas aí também ninguém mandou partir o coração de um escritor.
De todo modo, gostaria de deixar uma coisa bem clara. Este blog não é uma obrigação. Nunca foi, nem nunca deverá ser. Ele é o meu espaço, meu cantinho seguro de criação, e quem quiser embarcar na viagem será muitíssimo bem-vindo. Mas se eu me sentir coagido aqui dentro, como ando me sentindo ultimamente, não vou hesitar em parar.
Aos que compreendem o que eu disse, um beijo enorme. Aos que permanecerem insatisfeitos, não se exaltem. A porta da rua é a serventia da casa.

2 comentários:

  1. ñ pare de escrever não pq conheci seu blog por esses dias e ja tou viciadão... bjs
    me aceita no orkut ja te enviei um convite

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  2. Não recebi seu convite lindão! Qual seu msn?

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